quarta-feira, 15 de maio de 2013

Manduvi - a casa das araras azuis

O Manduvi ou "amendoim de bugre" é uma árvore fundamental para a preservação das araras-azuis. Isso por que seus troncos largos de madeira macia serem bem para que as araras escavem seus ninhos... E olha que é necessária uma árvore com um bom diâmetro, ou seja, já com muitos anos de existência.





E você conhece alguma história sobre essa árvore para compartilhar?
Basta clicar em comentários e contar, ok?

sábado, 11 de maio de 2013

Guapuruvu: com quantos paus se faz uma canoa?

Certamente você conhece a expressão "Vai ver com quantos paus se faz uma canoa!"...

Mas, sabe que essa expressão está relacionada com essa fantástica árvore - o Guapuruvu?
Traduzido do tupi-guarani,o nome da árvore significa "canoa que brota do chão"... Legal, né?

Isso por que os indígenas, e depois os caiçaras, usavam o seu tronco de madeira leve para produzir canoas entalhadas em um único pé de Guapuruvu. Veja um vídeo sobre a canoa de Guapuruvuhttp://www.youtube.com/watch?v=7yQ4IprUxbk

Outra história legal é que a árvore também era chamada de "Pau de vintém" por que no passado as crianças usavam suas sementes como "moedas" para brincar de comércio...

Realmente é uma árvore bem interessante com suas sementes aladas que "giram como hélices de helicópteros"...também uma brincadeira de crianças...
Então, com vocês, o imponente e divertido guapuruvu ou Pau de canoa!



 Conhece alguma história legal sobre o Guapuruvu? Compartilhe conosco!

Abraços, Tito Tortori

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sabão de soldado

Mais uma árvore chega para compor nosso "quintal". O "sabão-de-soldado", saboeiro ou "sabão-de-mico" é uma árvore frondosa nativa de toda a América tropical e subtropical que é encontrada comumente na Mata Atlântica. Seu curioso nome se deve ao fato de que seus frutos ao serem misturados com água produz uma espumação que pode ser usada em substituição ao sabão na lavagem de roupas. Isso ocorre principalmente pela presença de saponina, uma substância que tem ação detergente e surfactante, semelhante ao sabão. Suas sementes, por serem bem redondinhas e duras, eram usadas no passado como bolinhas-de-gude e bolinhas de estilingue por crianças em suas brincadeiras.





Agora no final de abril, as turmas de nono ano fizeram a quebra da dormência por escarificação e plantaram várias sementes que já estão em processo de germinação...Quantas mudas conseguiremos? Aguarde postagens futuras para saber...
E você conhece alguma história interessante sobre essa árvore curiosa? Compartilhe conosco nos comentários, ok?
Valeu!

Tito Tortori

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mulungu

O Mulungu ou candelabro é uma linda árvore que habita a transição da Mata Atlântica para o cerrado que possui belas flores vermelhas. Suas sementes, que também tem colorações avermelhadas, são encontradas no interior de vagem retorcidas. 

Você sabia que a madeira dessa árvore é muito utilizada por artesão de todo o Brasil para produzir os famosos "mamulengos"?

Veja o tema no link http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa/com-mulungu-mamulengo-e-moleza/

 




E você conhece alguma história legal que envolva o mulungu? Quer compartilhar? Use os comentários, ok?

Abraços, Tito Tortori

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Projeto MUDAMATA!

Como tudo começou...

No início de 2009, nossa escola (EDEM) se mudou para um grande casarão, em Laranjeiras,
onde funcionou durante muitos anos um antigo colégio de freiras.

O terreno se caracteriza por apresentar diversos jardins espalhados no entorno do prédio.
Desde o início de nossa ocupação, percebi, enquanto biólogo, algumas espécies que me pareciam "suspeitas" uma vez que eram plantas ornamentais exóticas.

Inicialmente, comecei intuitivamente a pesquisar sobre plantas tóxicas.
Tema que até então só povoava, confesso, meus conhecimentos prévios, devido aos alertas que meus pais, avós, tios e conhecidos me faziam desde os meus imemoriais tempos de infância.

"Menino, não toca nessa aí que é 'comigo-ninguém-pode'"!
"Que tomate que nada, isso aí é 'arrebenta-cavalo'"!
"Não, você não pode brincar de espada com a 'espada de são jorge'"!
"Só pode brincar de 'comidinha' com as plantas que a gente conhece!"

Essas e outras afirmações povoam as lembranças da infância e compõem boa parte
nossos "saberes" atuais sobre plantas tóxicas.

A partir dessa primeira observação, percebi que apesar de ser formado em biologia,
meus conhecimentos estavam todos ao nível do senso comum. Saí a pesquisar e, o que descobri, me motivou a pesquisar e ampliar essa parte empírica de conhecimentos. E as minhas pesquisas realmente me estarreceram: estávamos cercados de plantas tóxicas! E eu nunca tinha percebido isso.

 Mas, isso não é um problema nosso específico...Todas as casas, apartamentos e prédios que tem plantas ornamentais exóticas estão repletos de "problemas" potenciais.

Surgiu então a ideia de iniciar, sem alarde, um processo de gerenciamento de plantas tóxicas.
 Foi criado um blog específicamente para essa temática que pretendíamos manter em constante atualização, mas isso infelizmente é mais um desejo do que realidade.


Já em 2012....

... mobilizados pela mostra de Ciências da EDEM e tendo como pano de fundo a Rio +20, nós investimos em temáticas vinculadas à biodiversidade.
Naquele momento, fazia todo sentido iniciar a produção de mudas de espécies nativas. Surgia o primeiro obstáculo...Como saber exatamente quais são as espécies nativas?

Foi então que começamos a frequentar grupos de discussão sobre o assunto e a realizar pesquisas para ampliar nosso conhecimento.

Mas também surgiu uma outra questão... onde encontrar sementes dessas árvores?

Algumas poucas já eram conhecidas, mas à medida em que a lista crescia, era necessário obter sementes das árvores nativas para que ampliássemos a diversidade de mudas plantadas.

É importante saber que a arborização de rua no Rio de janeiro privilegiou, até pelo menos a virada do século XXI, espécies exóticas. Assim, não é comum encontrarmos espécies nativas "dando sopa" em nossas calçadas...

Contudo, com o tempo, alguns exemplares começaram a ser identificados e acompanhados para fornecer sementes. A compra pela internet em empresas fornecedoras ajudou em parte. Mas boa parte da diversidade veio da coleta direta e da troca de sementes pelo grupo de discussão que participamos.
Encerramos o ano passado produzido mais de 300 mudas de 30 espécies diferentes da Mata Atlântica!


Apesar do final do projeto em 2012, nós demos continuidade à produção de mudas nativas. A Mata Atlântica está perdendo sua área (está reduzida a menos de 7%) e, além disso, está perdendo a sua diversidade!

Então, a ideia é continuar produzindo mudas para devolvê-las ao lugar que lhes pertence - A Mata Atlântica!

Com isso surgiu a proposta de usar o espaço da escola como um território de "embate"... Nas muretas dos corredores internos, nós produziríamos mudas da mesma forma que as plantadas no parapeito do meu apartamento!

 Paralelamente, essas mudas vão ser usadas como um objeto de aprendizagem, servindo para comunicar aos alunos, professores, pais e comunidade, informações sobre essas mudas como o nome vulgar, o nome científico, características etc.

Por exemplo, você conhece o mulungu? Ou o manduvi? O guapuruvu? O biricó de macaco? E, ainda, o sabão de soldado? para saber, acesse o blog do MUDAMATA!

Tito Tortori, professor de Ciências da EDEM